A Qualcomm (NASDAQ:QCOM) divulgou os lucros do terceiro trimestre após o fechamento do mercado de quarta-feira (27), superando ligeiramente as expectativas de Wall Street, mas as orientações para o trimestre atual ficaram abaixo das expectativas.

As ações da Qualcomm caíram mais de 4% nas negociações estendidas em Nova York.

A Qualcomm também é negociada na B3 através do ticker (BOV:QCOM34).

Veja como a Qualcomm se saiu em relação às expectativas de consenso da Refinitiv:

  • EPS: US$ 2,96, ajustado, contra US$ 2,87 esperados, alta de 53% ano a ano.
  • Receita: US$ 10,93 bilhões, ajustado, contra US$ 10,88 bilhões esperados, um aumento de 37% ano a ano.

A Qualcomm disse que espera entre US$ 3 e US$ 3,30 em lucro por ação durante o quarto trimestre, entre US$ 11 bilhões e US$ 11,8 bilhões em receita, ficando abaixo das expectativas de lucro de Wall Street no quarto trimestre de US$ 3,23 por ação e US$ 11,87 bilhões em receita.

O CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, disse em comunicado que os resultados da empresa foram fortes apesar de estar em um “ambiente macroeconômico desafiador”.

A maior linha de negócios da Qualcomm é a venda de processadores e modems para smartphones. O negócio de celulares da empresa cresceu 59% anualmente durante o trimestre para US$ 6,15 bilhões, apesar dos sinais de que as vendas de smartphones já podem estar desacelerando devido a condições macroeconômicas, como a inflação.

Mas a previsão da Qualcomm sugeriu que o crescimento das vendas de aparelhos da empresa diminuiria durante o quarto trimestre fiscal, refletindo a possibilidade de um declínio na demanda por smartphones atingir seu principal negócio tanto em termos de receita quanto de lucros. A Qualcomm também esperava que as despesas operacionais aumentassem entre 6% e 8% sequencialmente durante o trimestre.

A Qualcomm disse que ainda está no ritmo de seu negócio de celulares crescer um pouco abaixo de 50% este ano, graças a chips mais caros e à venda de mais chips para um mercado mais amplo.

Os aparelhos são relatados em uma unidade chamada QCT, juntamente com os outros semicondutores que a Qualcomm vende, como front-end de RF, chips para carros e chips de baixa potência para dispositivos conectados. Esse segmento cresceu 45% em uma base anual para US$ 9,38 bilhões. Os telefones celulares foram o negócio que mais cresceu no segmento, apesar dos esforços recentes da Qualcomm para diversificar para outros tipos de chips.

A Qualcomm anunciou uma parceria com a Samsung até 2030 que inclui licenciamento de patentes e fornecimento de processadores Snapdragon para aparelhos. A Samsung é a maior fabricante de smartphones do mundo por unidade.

Os chips automotivos cresceram 38% anualmente, para US$ 350 milhões, um recorde histórico para a Qualcomm, sugerindo que ainda é um pequeno negócio em comparação com as outras linhas da Qualcomm. O negócio de IoT da Qualcomm, que fabrica chips de baixo consumo para dispositivos conectados, cresceu 31%, para US$ 1,83 bilhão.

A QTL, a outra grande unidade da Qualcomm composta por taxas de licenciamento relacionadas ao 5G e outras tecnologias que a empresa fabrica, registrou quase US$ 1,52 bilhão em vendas, um aumento anual de 2%. Não tem crescido fortemente nos últimos anos, mas continua sendo uma importante fonte de lucro para a fabricante de chips.

A margem bruta da Qualcomm ficou abaixo das expectativas durante um período em que os custos dos chips aumentaram devido à escassez e problemas com a produção chinesa. A Qualcomm terceiriza sua fabricação de chips para fundições externas que foram contratadas desde o início da pandemia. A Qualcomm relatou uma margem bruta de 56% contra uma estimativa de consenso de 57,8%.

A Qualcomm disse que gastou US$ 1,3 bilhão em retorno aos acionistas durante o trimestre, incluindo US$ 842 milhões em dividendos.

Com informações de CNBC

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