A Royal Philips NV (NYSE:PHG) está enfrentando um novo desafio após a detecção de falhas em alguns de seus ventiladores, marcando mais um episódio na recente sequência de contratempos relacionados à segurança de seus produtos. A empresa holandesa, conhecida pela fabricação de equipamentos médicos de ponta, divulgou que os modelos Trilogy Evo, Trilogy Evo O2 e Trilogy EV300 estão sujeitos a um defeito que pode comprometer seu desempenho devido a uma possível perda repentina de energia.

A Royal Philips NV também é negociada na B3 através da BDR (BOV:PHGN34).

Este alerta foi emitido pela Inspeção Holandesa de Saúde e Juventude, que apontou para o risco de os aparelhos emitirem sinais de bateria fraca ou de falha no fornecimento de energia, mesmo quando há carga suficiente. Tal inconveniente se soma a uma série de reveses para a Philips, que já enfrenta processos judiciais nos Estados Unidos por recolher milhões de dispositivos de apneia do sono com defeito, os quais apresentavam riscos à saúde devido à degradação de componentes internos.

Além disso, a Philips se viu obrigada a interromper as vendas de certos dispositivos e ventiladores no mercado americano após um acordo com a FDA (Food and Drug Administration), o órgão regulador dos EUA, no início do ano. Essa medida veio na esteira do recall de um equipamento de ressonância magnética, provocado por alertas sobre potenciais riscos de explosão levantados pelo mesmo órgão.

A repercussão desses eventos não tardou a se refletir no mercado financeiro, com as ações da Philips registrando queda de até 2,3% na Bolsa de Amsterdã, exacerbando a desvalorização acumulada no ano para 12%.

Em resposta a esses desafios, a Philips intensificou suas iniciativas de monitoramento e segurança dos pacientes, aplicando verificações mais rigorosas em toda a sua linha de produtos. Segundo Steve Klink, porta-voz da companhia, essa estratégia visa antecipar e mitigar quaisquer outros problemas potenciais, o que, por sua vez, tem levado a um aumento no volume de comunicações sobre questões identificadas.

Para resolver o problema específico dos ventiladores, a Philips planeja implementar uma atualização de software no segundo trimestre, esperando que isso corrija a falha sem implicar em consequências financeiras significativas para a empresa. Apesar dos 20 relatos de mal funcionamento recebidos, não foram registrados incidentes que resultassem em lesões ou danos aos pacientes. A causa do problema foi atribuída a um erro no algoritmo de cálculo do software, e não a um defeito nas baterias, sejam elas internas ou removíveis.

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