Veja porque a Hapvida é a ‘top pick’ do setor de saúde para o Morgan Stanley e Goldman Sachs
January 09 2024 - 1:44PM
Newspaper
Foco em melhoria nas margens e na geração de fluxo de caixa
serão ponto comum entre empresas de saúde em 2024, de acordo com o
Goldman Sachs. O Morgan Stanley reforça expectativas de expansão
dos ganhos, em recuperação após a influência negativa da
pandemia.
As equipes de análise dos dois bancos estrangeiros revisaram sua
cobertura para o setor, com destaque entre as “top picks” para
Hapvida (BOV:HAPV3) para ambas, com preferência também para
Oncoclínicas (BOV:ONCO3) pelo Goldman Sachs e Rede D’Or para o
Morgan.
A Hapvida é considerada com uma das relações de
“risco-recompensa mais convincentes do setor”, de acordo com o
Goldman Sachs, com preço sobre lucro ajustado de 16 vezes para 2024
e 11 vezes para 2025. Como riscos, o banco considera a maior
concorrência no Sudeste e impacto da lei dos salários de enfermagem
nas margens. Ainda assim, a visão é que o foco deve ser nos
fundamentos de longo prazo.
O Morgan Stanley apresenta a mesma visão, destacando que o papel
parece ter significativo potencial de alta. A perspectiva apoia-se
tanto na análise de fluxo de caixa descontado (DCF) quanto por uma
avaliação comparativa de seus índices PEG (indicador financeiro que
relaciona preço, lucro e crescimento da empresa), considerando a
expansão esperada dos ganhos até 2027. A Rede D’Or também é vista
com o mesmo potencial, porém Hapvida destaca-se por combinar
alinhamento estratégico e ambiente.
“Com sua capacidade atual disponível, juntamente com futuros
projetos brownfield e greenfield, a empresa está pronta para
aumentar a ocupação (e participação de mercado) apoiada por seu
poder de barganha e reputação. Acreditamos que a Rede D’Or está se
aproximando de um ponto de inflexão quando os desembolsos de capex
diminuem, enquanto o fluxo de caixa operacional se fortalece,
apesar das pressões de precificação no setor”, considera o Morgan
sobre a Rede D’Or, que tem preço-alvo estabelecido em R$ 34,50.
O Itaú BBA analisou o papel em relatório recente, mantendo visão
neutra e reduzindo o preço-alvo para R$ 34,00 dos R$ 37,00, com
preferência para Hapvida e Oncoclínica.
“Nossa cautela é fundamentada em: (1) a persistente dificuldade
financeira dos planos de saúde; (2) a possível reação de alguns
planos após a aquisição da Sulamérica (3) os movimentos do Bradesco
Saúde que indicam um foco na redução da exposição à Rede D’Or; (4)
o fato de que em algumas das regiões onde os projetos estão
previstos, a relação entre leitos privados e beneficiários de
planos de saúde já é elevada, o que pode sugerir uma possível
sobrecapacidade”, afirma o BBA.
Entre as empresas recomendadas pelo Morgan como overweight
(exposição acima da média, similar à compra), estão ambos os nomes
junto com a Dasa (BOV:DASA3). As principais mudanças na cobertura
foram a elevação de Fleury (BOV:FLRY3) para equal-weight (peso
equivalente, similar à neutro), com alta de preço-alvo para R$
19,00, e o rebaixamento de Odontoprev (BOV:ODPV3) para underweight
(exposição abaixo da média, similar à venda), com preço-alvo
reduzido de R$ 12,50 para R$ 10,50.
O banco estrangeiro também alterou o preço-alvo de Hypera
(BOV:HYPE3) para R$ 40,50 dos R$ 47,20 anteriores e aumentou a meta
de preço de R$ 29 para R$ 30,50 para RaiaDrogasil (BOV:RADL3).
Dentre os provedores, o Goldman Sachs destaca a Rede D’Or
(preço-alvo em R$ 35,00), que mesmo recomendado como neutro, tem
potencial de se beneficiar de preços mais altos na América do Sul,
bem como com maior diluição nos custos de material/medicamento no
negócio hospitalar. No segmento, o banco estrangeiro destaca a
Mater Dei (BOV:MATD3), com preço-alvo de R$ 11,00 como compra,
assim como Oncoclínicas.
Ainda em destaque entre os planos, Qualicorp (BOV:QUAL3) e
Odontoprev estão classificados como venda, com destaque para
Hapvida como “top pick”. Por fim, entre os players do setor
farmacêutico, a Hypera é considerada com “compra”, com preço-alvo
de R$ 48,00.
A Hapvida tinha alta de 1,58% nesta terça-feira, cotada a R$
4,50 às 14h18 (horário de Brasília). Outros nomes do setor operavam
em baixa, como Oncoclínicas, que perde 0,08%, a R$ 12,68, Fleury,
caindo 0,57%, a R$ 17,54 e Rede D’OR, que caía 1,25%, a R$
28,54.
Informações Infomoney
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